terça-feira, 24 de setembro de 2013

Guiados pelo Espírito Santo

(Mateus 4.1)


Era de se imaginar que Jesus não precisasse ser guiado por ninguém. Entretanto, precisava. Ao descer da sua glória, ele abriu mão de suas prerrogativas divinas, incluindo sua onisciência, para se tornar semelhante a nós. Estando na condição humana, Cristo não sabia de todas as coisas (Mc.13.32). Por isso precisava ser guiado pelo Espírito Santo. Se Jesus precisou, quanto mais nós! Afinal, todos os filhos de Deus precisam e devem ser guiados por ele (Rm.8.14) ”Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus”.

A bíblia fala sobre dois modos de vida através das expressões: "andar na carne" e "andar em Espírito". Andar na carne é viver de acordo com os desejos carnais. Andar em Espírito é ser levado pelo Espírito Santo. É andar com Deus como Enoque andou (Gn.5.24). 

Queremos que Deus ande conosco, mas o que precisamos é andar com ele, e isso é totalmente diferente. Se andamos com o Senhor, vamos para onde ele quer. Queremos que Deus nos acompanhe, mas devia ser o contrário. Nós é que somos os seguidores, e seguidor não escolhe a direção, escolhe apenas a quem seguir

Queremos que o Espírito Santo nos leve, desde que seja para o lugar que nós apontamos. Assim não está certo. Escolhemos um emprego e queremos que Deus nos coloque lá de qualquer jeito, quando deveríamos pedir que, antes de tudo, a sua vontade fosse feita e não a nossa. Fazemos planos e queremos determinar que Deus os realize. Assim, estamos tentando levar o Senhor para andar nos nossos caminhos. Ele pode até realizar alguns dos nossos sonhos e desejos, mas a nossa atitude deve ser de submissão, permitindo que ele nos conduza por onde ele desejar.

"Guia-me pelas veredas da justiça, por amor do teu nome" (Salmo 23.3). Gostaríamos que o Espírito Santo nos levasse apenas a lugares agradáveis, mas ele certamente nos levará a lugares necessários.  *Vemos isso na história de José do Egito. Ele teve sonhos proféticos e depois foi conduzido silenciosamente através de fatos diversos que o levaram ao palácio de Faraó.
Quando Deus se cala, devemos apenas confiar nele.


Se, em algum momento, não houver direção, não houver certeza, talvez seja melhor não sair do lugar. Nesse caso, se a decisão puder ser adiada, que seja, mas não por medo, negligência ou covardia, mas por confiança. 
Quando Israel viajava pelo deserto, havia uma nuvem que o guiava. Se a nuvem estivesse parada, o povo deveria permanecer naquele lugar. Existem momentos em que devemos esperar, com paciência, até que recebamos uma ordem, uma orientação ou um sinal. 
Jesus foi levado pelo Espírito Santo ao deserto, mas ele não ficaria ali para sempre. O deserto pode ser uma passagem, mas não uma morada. Depois, Cristo voltou para a cidade e foi exercer seu ministério. Queremos fazer a obra de Deus com êxito e vitória? Precisamos enfrentar o deserto, guiados pelo Espírito Santo.

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